Hoje é o Dia Internacional do Animal Abandonado

Em meio a um momento tão delicado da humanidade, não podemos deixar de lado os animais que estão sendo direta e indiretamente afetados pela pandemia.

Segundo dados extra oficiais de ONGs e instituições de proteção, o abandono de animais durante a pandemia é seis vezes maior que o normal. E não são só cães e gatos, mas também cavalos e coelhos se tornaram vítimas.

Como se não bastasse o abandono, denúncias de maus tratos também estão se tornando recorrentes durante esse período. E com políticas públicas defasadas e falta de fiscalização, é muito mais difícil reverter a situação e punir os agressores.

Infelizmente, para muitas pessoas, é muito fácil se desfazer de um animal: vendê-lo se for de raça ou colocar em um abrigo. Como se a capacidade física, financeira e até emocional dos voluntários fosse ilimitada.

As pessoas tem em mente que deixando o animal longe do seu campo de visão, o problema estará resolvido. É como se fosse lixo: alguém leva da frente de sua casa e você não tem mais responsabilidade sobre ele. A comparação é triste, mas real.

Voluntários já cansaram de ouvir e receber ameaças para recolher algum animal senão ele seria abandonado, maltratado e até morto. Só quem trabalha na linha de frente dos resgates sabe o quanto é doloroso, exaustivo, triste e revoltante lidar com essa situação e infelizmente, não ter como o acolher.

Muitas ONGs, como a Aprablu não remuneram seus voluntários, todos estão trabalhando porque se identificam com a causa e querem ajudar a transformar esse mundo em um lugar melhor.

Mas é muto difícil ver o quão cruel, egoísta e insensível nossa raça pode ser. É difícil acreditar que algum dia a situação de animais maltratados e abandonados possa ser resolvida de forma adequada.

Mas não é impossível. E é por isso que estamos aqui, de forma voluntária, lutando. Por eles (e pela volta da nossa humanidade, que se perdeu em algum momento).

Por: Aprablu